" Desenhava compulsivamente durante a infância. Aí me deram uma aquarela e eu pirei. Nunca mais parei de buscar imagens que me conduzissem ao meu desejo de produzir arte, mas na hora de escolher uma profissão tive que ser pragmático e buscar uma que me sustentasse. Optei então pela arquitetura. Com 24 anos fui fazer pós-graduação na Itália e pirei de novo, em contato com as obras que conhecia de livros, e trabalhei fundo com o desenho. Voltei para o Brasil, 2 anos depois, produzindo como um louco, e três anos depois fiz minha primeira individual".
Este é apenas um pouco da trajetória do baiano Chico Mazzoni, arquiteto, cenógrafo, designer, e restaurador com Mestrado em Restauro dos Monumentos pela Universidade de Nápoles. Conversando sobre o mercado de arte no Brasil atual Chico diz que seguindo uma tendência global, o mercado tem se dirigido às famosas "feiras de arte", que têm ocorrido, com frequência, no eixo Rio-São Paulo, onde as galerias levam ao público arte de todo preço, em vez de esperar que o público vá a elas em busca da arte. Isso tem sido um sucesso, e ele complementa que é uma pena que a prática ainda não tenha chegado a nós, no Nordeste.