Aos 21 anos, Eliane decidiu que era hora de ir para Nova York. Na bagagem levou uma fita cassete com seu trabalho, suas economias e o desejo de vencer lá fora. Alugou um apartamento e, antes mesmo de providenciar os móveis, foi atrás de um piano para alugar. Recém-chegada, ela não possuía os documentos exigidos para a negociação e o funcionário da loja lhe negou o pedido. Saudosa do companheiro de cauda, a moça - num inglês capenga - pediu para tocar ao menos uma vez antes de ir embora. Seus dedos reencontraram o teclado e a loja ficou tomada de melodia. Finda a música e prestes a se levantar, Eliane notou um senhor que a observava. "Go on. Please. Go on", ele pediu.
O cara era nada menos que o presidente da Steinway, fabricante dos famosos pianos. Encantado com o talento da brasileira mandou que entregassem um piano na casa dela. Dois anos depois ela pode comprar aquele Steinway. Hoje Eliane juntou mais quatro à coleção: 3 deles estão no seu apê em Manhattan e 2 na casa de East Hampton, reduto de celebridades como Madona, Robert de Niro e Steven Spielberg.
Quando se mudou para NYC o acesso à cena do jazz era basicamente para homens. Havia cantoras de Jazz, mas instrumentistas eram raras. A moça linda, loura e estrangeira não se intimidou: " Chegava com minha fita cassete e dizia: Muito prazer, sou pianista. A primeira reação dos músicos era olhar para a mulher, não para a artista, mas bastou Eliane começar a tocar para ser respeitada. "Fui aceita imediatamente. Respeitada até."
Quando se mudou para NYC o acesso à cena do jazz era basicamente para homens. Havia cantoras de Jazz, mas instrumentistas eram raras. A moça linda, loura e estrangeira não se intimidou: " Chegava com minha fita cassete e dizia: Muito prazer, sou pianista. A primeira reação dos músicos era olhar para a mulher, não para a artista, mas bastou Eliane começar a tocar para ser respeitada. "Fui aceita imediatamente. Respeitada até."