Mais uma canção, e mais uma história divertida do incrível Tom Jobim. Ele e Clarice Lispector eram grandes amigos, e certa noite o maestro chegou à casa da escritora, acompanhado de duas belas jovens, entre elas Lygia Marina de Moraes, que viria a ser a esposa do também escritor Fernando Sabino. Nessa noite Clarice fez um pedido ao maestro: que ele seguisse o exemplo de seu amigo e parceiro Vinicius de Moraes, que havia feito um poema em homenagem a ela, e também escrevesse algo que lhe dedicasse. Tom prometeu então a Clarice que faria uma canção para homenageá-la. Para a surpresa (e também decepção e ira) de Clarice, minutos depois Tom Jobim apareceria com os rascunhos de uma canção, mas não em homenagem a ela, e sim à Lygia, ali presente. A canção, que ganhou o mesmo nome da sua musa, seria eternizada mais tarde na voz de Chico Buarque, que a interpreta aqui com regência do maestro Jaques Morelenbaum.
Que ótimo, Lena. Não conhecia a origem dessa letra e música.
Adorei.
Abs
Amorim
Responder
José Carlos Leite de Alvarenga
24/5/2012 12:03:41 am
É tão bom conhecer essas histórias. São momentos assim que fazem a inspiração e depois somos surpreendidos com essa delicadeza de música e letra. Qdo morava na Bahia (1983) conheci o Paulo Valente , filho da Clarice , que é um bom amigo até hoje e desde então olho com interesse tudo que diz respeito a ela (Clarice). Ontem vi e ouvi uma coisa linda. Tvz a melhor interpretação de Garota de Ipanema. Num arranjo de um maestro americano e um Coral com umas 40 pessoas - brasileiros e americano - de arrepiar de tão bonito, principalmente pr' aqueles como eu que viveu os anos 60 de muito jazz e bossa nova. Que época boa. Mandei esse e-mail da apresentação para o Beto Pedreira e se não me engano tbém para a Gilka. Perdi teu e-mail e não soube passar para o facebook. Shame on me !